sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Passa-se a fronteira,
a barreira do ser.

Caminhos sinuosos,
por entre a urse do vale,
e o encanto das perdizes,
se escondem ansiosos,
perdidos no olhar do horizonte.

Folhas soltas
se desprendem das árvores,
numa lassidão terna,
como que beijando o chão.

Corre a àgua,
nos sulcos da serra,
acariciando o vale,
desaguando no leito dos amantes.

A bruma envolve,
de mansinho,
devagarinho,
sem as cigarras notarem,
entardece no alto do Monte,
Corre uma leve brisa,
fria da despedida
Repousa o verde e todo o vale,
adormecendo os sentidos.

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