quarta-feira, 27 de junho de 2007

E isto do Direito da familia.....

E aqui estou eu de novo, isto de estudar para os terríveis exames dá azo para filosofar, ainda para mais com Direito da Familia, que nos põem a pensar nas premissas da comunhão e do sermos para os outros, para um só! Realmente a diversidade das relações humanas é surpreendente, ainda para mais quando o Direito sendo um conjunto de normas de conduta social emanadas pelo estado e garantidas pelo seu poder se predispõe a regular. O ser humano é complexo, bem como as relações que estabelece ao longo da sua existência, constantemente aprende a lidar com a autenticidade de cada pessoa com que se cruza ainda para mais se for um conhecimento aprofundado que pressupõem a comunhão, e entendamos que não tem necessariamente de ser no casamento começa precisamente no namoro ou então na simples amizade.
Estamos sempre a aprender e a redescobrir-nos e sobretudo a conhecer os outros e o quão é difícil de lidarmos com sentimentos e percebermos as pessoas que nos rodeiam e no meu caso o quão é difícil perceber-me e suportar-me! Estava a brincar, isto quanto mais se estuda, já dizia um tal filósofo grego, "só sei, que nada sei"!

Deixo-vos com um textinho interessante, para que agravem a vossa crise existencial:

"O casamento, enquanto estado, é uma comunhão plena de vida. Ou seja: é um constate viver de cada cônjuge, não só com o outro, mas para o outro; enriquecendo e afirmando cada uma das pessoas.
O ser estabelece, pois, pontes com os outros. Esta abertura verifica-se ser constitutiva do próprio ser, num círculo de êxodo e regresso a si mesmo que constitui a vida pessoal. A vida de uma pessoa é para os outros: amar, para ser amado; dar, para receber; comunicar para humanizar; transmitir para conhecer. A comunicação, "o ser para", é a própria vida do ser pessoal. Sem comunicação com os outros, a "humanização" é barbárie. Quando a comunicação se interrompe, sobrevêm a morte. O ser para os outros não é um mais que se junta à pessoa humana; é constitutivo desta.
Finalmente, o ser com os outros exprime a realização plena da personalidade através da solidariedade plena com os outros. A comunicação leva a ter uma relação de reciprocidade total que se torna em plena solidariedade.
O matrimónio-comunhão de vida está no oposto do egoísmo. Cada um dos cônjuges dá-se inteiramente ao outro para receber este; dá-se, para receber; quer deixar de ser (só) um para assegurar a ser dois em um. Fusão impossível. Assim, cada um, ao retirar-se dessa ânsia de fusão sempre renovada, verifica que trouxe o melhor do outro, humanizando-se mais."

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