sábado, 9 de abril de 2011

Medo!


Encho o peito
e viro valente,
escalo montanhas,
desço riachos,
arrisco por ali, e por acolá
vou ao sabor do vento,
e pelo meio escolho com tento
a sorte que encontro.

Sigo pelos caminhos que traço
na maior parte das vezes ao acaso,
a ironia
e o requinte de malvadez da vida
me guiam a jeito
e eu a preceito
me guio pela minha vontade.

Sit pro ratione voluntas!!

As montanhas são sinuosas,
os riachos enganadores,
os salteadores espreitam
traçando o caminho com medo.

O medo coloca-te em alerta,
faz-te olhar com atenção,
ter cuidado com o coração
e agarrastes-te à Razão!!
Mas e quando ela se vai??

A Razão esvai-se
num momento de loucura,
ficas condenado ao amor,
e o medo é aquele espinho
que não sai,
esta impregnado na carne,
e dói, remói
o medo de te perder,
o medo de me perder,
e deixar de ser!

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