sábado, 14 de maio de 2011

Arrepio!


Enquanto eu andar enamorada,
talvez a vida me encontre
se assim, eu ainda estiver.

Finco pé,
esqueço do pensamento,
aquele arrepio,
aquela dor no peito
que tantas vezes não se aparta de mim.

É dor insistente,
é arrepio latente
deste caminho errante,
tantas vezes desesperante.

É lágrima contida,
é abraço sentido,
que tantas vezes acalma a alma.

É vida que se esvai em mim,
esperança à mingua
como o meu coração
cada vez mais pequenino,
com sentido maior.

E, enquanto houver aquele abraço
aquele arrepio malicioso,
persistente que não larga no suspiro
continuarei de pé.

Quando cair, cairei só,
restará um silvo de mim,
mas rumarei noutra direcção.

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