quarta-feira, 20 de junho de 2007

De génio e de louco...

Bem, e eu a pensar que não colocaria mais um post no meu querido blog até os malditos exames terminassem, mas não resisti dado o insólito dia de ontem, sim porque por estes tempos só tenho visto á frente código civil e demais códigos abarrotar de legislação e os enfadonhos manuais dos estimados mestres em direito e juristas cheios de conteudo.
Ontem foi um dia e tanto, acordei nem tive os meus cinco minutinhos de reflexão e mal despertei para um longo dia, já tinha uma infindável lista de afazeres e muito sono na bagagem Tomei o meu café e “abalei” decidida a fazer face aos compromissos. Que drama, chovia “que Deus a dava”! (a minha avó diz isto muitas vezes, claro quando chove) o trânsito estava infernal e para piorar a situação a porcaria das máquinas comedoras de cêntimos do estacionamento estava avariada, reclamei. Veio muito despachado o policia municipal que me confortou, “menina vá á sua vidinha, a gente não a multa. Pode ir descansada!” Descansada? Eu tinha acabado de ser furtada pelo parquímetro em 50cêntimos, um café!
Lá para o fim da manha foi prontamente fazer o meu ultimo compromisso – oficina, contando que seria uma passagem rápida, mas não! Não é que o meu punto lhe deu os calores e a temperatura subiu-lhe, ficou na oficina até que arrefece-se e lhe fosse diagnosticado o mal que padecia. Motivo? Dizia o mecânico em jeito de engate piroso, “oh menina o veículo aqueceu, porque ía dentro uma brasa”.
É de uma pessoa ficar fula, para não falar que almocei á pressa para ir para aquela bela terriola onde está instalada a faculdade, fazer uso da minha boa vontade mostrando-me uma boa samaritana, levando todos os meus apontamentos, cadernos e afins para uma trabalhadora-estudante, um bem haja aos trabalhadores-estudantes (também me incluo), plagiar, no bom sentido, copiar e fazer bom uso deles. E para terminar bem a minha passagem pela faculdade e pela dita terriola tive que “levar” com um “cheirinho” de uns bem fadados bichinhos que por lá andam.
Mas piorando o drama, que já ía em tragédia grega, a minha estimada irmã resolveu vasculhar na minha estante e dar com a minha caixa de dedicatórias dos tempos em que andava no liceu. Pois bem, comecei a ler e acreditem vieram as lágrimas aos olhos, desde o 7ºano, quando a gente desperta para a verdadeira patetice, isto é os amores platónicos pelos rapazes do 10ºano, a luta renhida pelo status, os concursos de misses de conhecimentos dos belos espécimes masculinos que haviam na altura e tantas outras tontices de época e de idade, até ao 12ºano todos os meus colegas e amigos da altura, na generalidade das dedicatórias, que me escreviam no final de cada ano a desejar-me que continuássemos a ser colegas de turma e por fim teciam aqueles pomposos e queridos comentários á nossa pessoa, e todos me “achavam divertida (queriam dizer chata, mas divertida sempre era mais simpático) e “doida” (a onde é que eles foram tirar isso)!

Doida? Porquê? Pois também não sei, talvez deva ver pelo prisma agradável do adjectivo doida! O que é certo é que mesmo agora os meus amigos dizem que tenho o meu q.b. de loucura. Confesso que por momentos desceu uma nuvem sobre mim e por instantes fiquei deprimida, mas passou e então lembrei do ditado popular “De génio e de louco, todos temos um pouco”, eu provavelmente tenho mais um bocadinho, mas não faz mal, porque “Tudo vale a pena quando alma não é pequena”, já dizia Camões.

3 comentários:

Valter Fernandes disse...

Não haja dúvida que esse piropo à moda de mecânico é simplesmente original! pelo menos nunca tinha ouvido tal coisa!

Típico de Portuga! lolol

BjokA

Anónimo disse...

oooh ai a dramática..pois doida como sempre, no bom sentido!
Não é que te encontro no hi5 e dou com o teu blog, dou uma vista de olhos e isto..ai ai! Antes a gente ria-se lá no nosso tasco agora pode rir-se com as tuas ironias por vezes existêncialistas na net..
Beijinho

Anónimo disse...

se to o achas..